segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Carnaval do terror em Curitiba

É, parece que o tempo passa mas regredimos na dita "evolução" do homem. Mas o que deu em você homem? Você entendeu que evolução significa força e violência? Pra mim evolução significa compreensão, respeito, solidariedade, enfim, relações humanas que um complemente o outro.

Hoje esta tal evolução caminha no sentido contrario, se não vejamos: É assim com alimentação, quando antes consumíamos alimentos naturalmente orgânicos e hoje estamos cheio de doenças por causa dos venenos. É assim com a educação quando antes as famílias professores e comunidade é que educavam. É assim com varias espaços de convivência que hoje se tornaram espaços modelos vindos de outros lugares e assim atropelando a nossa cultura, impondo assim uma outra, a cultura do medo.

Para perceber o quanto estamos regredindo é só olhar para os nossos governantes, principalmente estes que para resolver a situação autorizam o massacre como no caso do bairro Pinheirinho em São José dos Campos quando famílias foram tiradas a força de suas casas. E agora como foi no Largo da Ordem em Curitiba onde a policia não quis dialogo, não quis conversa, não quis nada a não ser a truculência.


Veja este depoimento

Abuso e intolerância

Cristiano Castilho, jornalista da Gazeta do Povo

“Para, para, não atira”. Os gritos eram de uma mulher de cerca de 30 anos, fantasiada de bailarina. Às 21 horas da noite de ontem, no começo da Rua Mateus Leme, viaturas da Rotam, escoltadas por policias com escopetas em punho, dispersaram quem estava na rua brincando o pré-carnaval de Curitiba. O evento, ironicamente ameaçado de não acontecer pela falta de segurança, brilhava, ao menos por ali, na maior tranquilidade. Eis que balas de borracha, gás lacrimogênio e uma austeridade que nada tinha a ver com aqueles bonecos gigantes, com aquelas pessoas fantasiadas, com aquelas rodinhas de curitibanos curtindo sua cidade, detonaram, literalmente, um momento de horror e de vergonha.

Tentei perguntar a um policial militar, que seria o comandante da ação, qual era o motivo daquilo e ele disse: “Depois a gente conversa”. O policial não quis se identificar e subiu a Rua Treze de Maio, na contramão. Isso foi antes de eu levar uma cassetada no braço, desferida por um policial ágil e preparado, enquanto eu registrava o ocorrido. Pera lá. Preparado?

Há algum tempo tenho a noção de que Curitiba está à frente de seus governantes. Há exemplos claros. Para ficar no nível demanda x oferecimento: a ciclofaixa, tão pedida pelos ciclistas da cidade, foi criada no lugar errado. Era como se dissessem “tá, agora eles param de reclamar.” O último exemplo, e mais cruel, foi o episódio de ontem. O pré-carnaval adquiriu proporções maiores do que a cidade suporta. Os curitibanos andam. Mas Curitiba, não.

Membros do bloco Garibaldis e Sacis disseram que o pré-carnaval está confirmado para a semana que vem. Sem intervenções desnecessárias e abusivas, esperamos

Assista o video:

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