Foto: Forum Carajas.
São Luis, sexta-feira, 6 de janeiro de 2012 (ALC) - Uma criança da etnia Awá-Gwajá, de aproximadamente 8 anos, foi assassinada e queimada por madeireiros na terra indígena Araribóia, no município de Arame (MA), a 476 km desta capital.
A informação é do blog Vias de Fato, logo após a denúncia de um índio Guajajara, por telefone. O fato foi confirmado pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
As reservas indígenas têm sido alvos da ação dos madeireiros no Maranhão. De acordo com Gilderlan Rodrigues da Silva, representante do CIMI naquele Estado, o corpo carbonizado da criança foi filmado.
"Os Awá-Gwajás são muito isolados, e madeireiros invasores montaram acampamento na Aldeia Tatizal, onde estavam instalados os Awá. Estamos atrás desse vídeo, ainda não fizemos a denúncia porque precisamos das provas em mãos", disse Silva.
A distância de centros urbanos maiores e a falta de policiamento favorece a violência contra indígenas em diversas regiões do Maranhão. No dia 26 de setembro de 2011, uma senhora indígena do Povo Canela, Ramkokamekrá Conceição Krion Canela, 51 anos, foi encontrada morta a pauladas. A atrocidade aconteceu no Povoado Escondido, interior de Barra do Corda.
No mês seguinte, uma mulher indígena de 22 anos, deficiente mental, da terra indígena Krikati, foi violentada sexualmente na aldeia Campo Grande por um homem identificado como Francildo. Segundo Belair de Sousa, coordenador técnico da terra indígena, o indivíduo estava armado.
O CIMI informou que vai emitir nota pedindo apuração do caso do assassinato da criança Awá.
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