Recursos serão destinados a projetos de redes de apoio e de assessoramento técnico no âmbito do Plano Brasil sem Miséria
A Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes),
do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), concluiu o processo de
seleção das redes de cooperação formadas por empreendimentos econômicos
solidários iniciado em outubro. Das 41 entidades que apresentaram
propostas, 32 foram selecionadas, incluindo, pela primeira vez, projetos
que beneficiam jovens trabalhadores. Os recursos totais, que chegam a
R$ 30,2 milhões, serão aplicados até 2015. O foco é a integração dos
empreendimentos da Economia Solidária em todo o país.
“O
objetivo é fomentar, no âmbito do Plano Brasil Sem Miséria, atividades
produtivas, de prestação de serviços, comercialização e de consumo
solidário entre trabalhadores, produtores autônomos e familiares com
vistas à promoção do desenvolvimento territorial sustentável e à
superação da pobreza extrema”, explica o diretor do Departamento de Fomento à Economia Solidária da Senaes, Manoel Vital de Carvalho Filho.
A
meta da Senaes é assinar, até 28 de dezembro, convênios para o repasse
dos recursos aos projetos de 12 entidades. Desse total, nove são
voltadas para o desenvolvimento e assessoramento técnico às redes de
cooperação solidária. As outras três entidades desenvolvem atividades de
apoio a empreendimentos juvenis, com iniciativas voltadas para a
organização de arranjos produtivos, comercialização e assessoria a
projetos realizados por jovens trabalhadores.
Suporte
– Um dos principais propósitos das redes de cooperação é dar o suporte
necessário à integração entre os empreendimentos da Economia Solidária,
assegurando a eles viabilidade operacional. “A existência de um mercado
solidário pressupõe a consolidação de uma escala de oferta de produtos e
serviços com periodicidade e diversidade. Se um empreendimento
permanecer isolado, ele fatalmente enfrentará dificuldades que poderão
comprometer sua sobrevivência”, explica Vital.
A
implantação das redes de apoio e de assessoramento à Economia Solidária
envolve o fomento às cadeias produtivas e arranjos econômicos
territoriais e setoriais. Estão também entre os objetivos o fomento à
integração e encadeamento dos diferentes espaços organizativos –
produção familiar, associativismo comunitário, centrais de cooperação
territorial ou setorial – e o subsídio a processos locais de
desenvolvimento de empreendimentos solidários e sustentáveis.
Alternativa inovadora
– A economia solidária vem se apresentando como uma alternativa
inovadora de geração de trabalho e renda e uma resposta favorável às
demandas de inclusão social no país. Ela compreende uma diversidade de
práticas econômicas e sociais organizadas sob a forma de cooperativas,
associações, clubes de troca, empresas de autogestão e redes de
cooperação – que realizam atividades de produção de bens, prestação de
serviços, finanças, trocas, comércio justo e consumo solidário.
Desde
sua criação, em 2003, a Senaes vem elaborando mecanismos de formação,
fomento e educação para o fortalecimento da economia solidária no
Brasil. Além da divulgação e da promoção de ações nessa direção, desde
2007 a secretaria tem realizado chamadas públicas a fim de apoiar os
empreendimentos econômicos alternativos.
Assessoria de Comunicação Social MTE
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