Matéria publicada na Carta Capital
Ratos alimentados com organismos geneticamente modificados (OGM)
morrem mais cedo e sofrem de câncer com mais frequência que os demais,
destaca um estudo publicado nesta quarta-feira 19 pela revista
Food and Chemical Toxicology. Os resultados foram considerados “alarmantes” pela equipe.
“Os resultados são alarmantes. Observamos, por exemplo, uma
mortalidade duas ou três vezes maior entre as fêmeas tratadas com OGM.
Há entre duas e três vezes mais tumores nos ratos tratados dos dois
sexos”, explicou à AFP Gilles-Eric Seralini, professor da Universidade
de Caen, que coordenou o estudo.
Para realizar a pesquisa, 200 ratos foram alimentados durante um
prazo máximo de dois anos de três maneiras distintas: apenas com milho
OGM NK603, com milho OGM NK603 tratado com Roundup (o herbicida mais
utilizado do mundo) e com milho não alterado geneticamente tratado com
Roundup.
Os dois produtos (o milho NK603 e o herbicida) são propriedade do grupo americano Monsanto.
Durante o estudo, o milho integrava uma dieta equilibrada, em proporções equivalentes ao regime alimentar nos Estados Unidos.
“Os resultados revelam uma mortalidade muito mais rápida e importante
durante o consumo dos dois produtos”, afirmou Seralini, cientista que
integra ou integrou comissões oficiais sobre os alimentos transgênicos
em 30 países.
“O primeiro rato macho alimentado com OGM morreu um ano antes do rato
indicador (que não se alimenta com OGM). A primeira fêmea oito meses
antes. No 17º mês são observados cinco vezes mais machos mortos
alimentados com 11% de milho (OGM)”, explica o cientista.
Os tumores aparecem nos machos até 600 dias antes que nos ratos
indicador (na pele e nos rins). No caso das fêmeas (tumores nas
glândulas mamárias) aparecem uma média de 94 dias antes naquelas
alimentadas com transgênicos.
“Pela primeira vez no mundo, um OGM e um pesticida foram estudados
por seu impacto na saúde a mais longo prazo do que haviam feito até
agora as agências de saúde, os governos e as indústrias”, disse o
coordenador do estudo.
Mais informações em AFP Móvil
Caros.
ResponderExcluirNão se trata aqui de defender ou criticar o homem, mas defender (ou criticar) seu trabalho. É absolutamente irrelevante se o trabalho é de Séralini ou de outro cientista qualquer, o ponto é que o trabalho é muito ruim e tem o objetivo de alarmar o público, sem trazer qualquer contribuição científica à área de avaliação de riscos. Da mesma forma como os jornais sensacionalistas franceses saíram na frente alardeando os resultados do trabalho e dizendo que todos os demais pesquisadores foram ineptos ou vendidos à grande agro-indústria, agora a comunidade científica séria e as agências oficiais de avaliação de risco começam a reagir, dando sua opinião, não sobre o pesquisador, mas sobre o conteúdo de seu trabalho.
Sugerimos que os leitores consultem os comentários postados abaixo para maiores esclarecimentos sobre a falta de bases e os gravíssimos erros experimentais do trabalho publicado (ainda apenas online, esperamos sinceramente que a revista se retrate e retire o artigo da forma impressa), e que esqueçam a questão de ataque pessoal, que pode existir, mas não é o que move as críticas técnicas e científicas que agora circulam.
http://genpeace.blogspot.com.br/2012/09/artigo-que-mostra-o-surgimento-de.html
http://genpeace.blogspot.com.br/2012/09/artigo-sobre-efeito-de-milho.html
http://genpeace.blogspot.com.br/2012/10/pesquisadores-brasileiros-assinam.html
http://genpeace.blogspot.com.br/2012/10/the-largest-experiment-with-human.html
Atenciosamente, Paulo Andrade UFPE andrade@ufpe.br