terça-feira, 25 de setembro de 2012

Ministros debatem com movimentos sociais a formação da Comissão Nacional de Agroecologia

Foi realizada nesta quarta-feira (19/9) reunião dos ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República) e Pepe Vargas ( Desenvolvimento Agrário) com representantes da sociedade civil. O encontro, realizado no Palácio do Planalto, em Brasília, teve a finalidade de debater a participação dos movimentos sociais na Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica. A Comissão, juntamente com a Câmara Interministerial de Agroecologia e Produção Orgânica irá propor, até o próximo ano, o Plano de Agrooecologia e Produção Orgânica
 
A próxima reunião acontece em outubro, após a publicação da portaria que nomeia os membros da Comissão Nacional de Agroecologia. A Secretaria-Geral exercerá a função de secretaria-executiva da Comissão, cujo funcionamento e critérios para escolha dos representantes das entidades da sociedade civil será definido por portaria conjunta com os Ministérios de Desenvolvimento Agrário e da Agricultura. Já a Câmara, que tem o Ministério do Desenvolvimento Agrário na secretaria-executiva, coordenará os trabalhos para elaborar programas e ações que comporão o Plano.
 
Na reunião desta quarta-feira, ficou acertado que as organizações da sociedade civil enviarão uma proposta formal sobre a composição do colegiado que têm o objetivo de promover a participação da sociedade na elaboração e no acompanhamento do Plano e da Política. A Comissão será formada por representantes de 14 representantes de órgãos e entidades do executivo federal e por 14 representantes de entidades da sociedade civil, que terão o mandato de dois anos.
Participaram do encontro representantes de entidades da Associação Nacional de Agroecologia, do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra, Contag, Via Campesina, e outros. Do governo federal participaram também Diogo de Sant’ana, chefe de gabinete, Paulo Maldos, secretário de Articulação Social e Selvino Heck, diretor do Departamento de Educação Popular e Mobilização Cidadã da Secretaria-Geral e integrantes de vários ministérios.
 
Histórico
Através de decreto da presidenta Dilma Rousseff foi instituída no dia 21 de agosto, a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica ( PNAPO). O documento prevê a elaboração de um plano com metas e prazos a serem cumpridos pelo governo federal, além de determinar elementos como a concessão de crédito, seguro, assistência técnica e pesquisa para ampliar a produção de base agroecológica no Brasil.
 
A Política Nacional de Agroecologia foi formulada de forma participativa, com engajamento da sociedade civil. Além da incorporação das pautas de movimentos sociais, a participação da sociedade civil se deu por meio de um seminário nacional e cinco seminários regionais coordenados pela Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) e pela Associação Brasileira de Agroecologia (ABA), com apoio do Ministério do Meio Ambiente. As Comissões Estaduais da Produção Orgânica (CPOrg) e a Câmara Temática da Agricultura Orgânica (CTAO) também integraram o processo.
Em maio deste ano, a Secretaria-Geral da Presidência da República, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, implementou o Plano de Mobilização e Participação Social para a Agroecologia. Foi promovido o encontro Diálogos Governo e Sociedade Civil para debater o conteúdo do decreto, a estrutura de governança da política e colher subsídios para o Plano. Um grupo de trabalho composto por 10 Ministérios e órgãos públicos, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, consolidou a proposta.
 
 
Fonte: Jornal Brasil de Fato

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Estudo revela toxicidade alarmante dos transgênicos para os ratos

 
Matéria publicada na Carta Capital
Ratos alimentados com organismos geneticamente modificados (OGM) morrem mais cedo e sofrem de câncer com mais frequência que os demais, destaca um estudo publicado nesta quarta-feira 19 pela revista Food and Chemical Toxicology. Os resultados foram considerados “alarmantes” pela equipe.
 
“Os resultados são alarmantes. Observamos, por exemplo, uma mortalidade duas ou três vezes maior entre as fêmeas tratadas com OGM. Há entre duas e três vezes mais tumores nos ratos tratados dos dois sexos”, explicou à AFP Gilles-Eric Seralini, professor da Universidade de Caen, que coordenou o estudo.

Para realizar a pesquisa, 200 ratos foram alimentados durante um prazo máximo de dois anos de três maneiras distintas: apenas com milho OGM NK603, com milho OGM NK603 tratado com Roundup (o herbicida mais utilizado do mundo) e com milho não alterado geneticamente tratado com Roundup.

Os dois produtos (o milho NK603 e o herbicida) são propriedade do grupo americano Monsanto.
 
Durante o estudo, o milho integrava uma dieta equilibrada, em proporções equivalentes ao regime alimentar nos Estados Unidos.

“Os resultados revelam uma mortalidade muito mais rápida e importante durante o consumo dos dois produtos”, afirmou Seralini, cientista que integra ou integrou comissões oficiais sobre os alimentos transgênicos em 30 países.

“O primeiro rato macho alimentado com OGM morreu um ano antes do rato indicador (que não se alimenta com OGM). A primeira fêmea oito meses antes. No 17º mês são observados cinco vezes mais machos mortos alimentados com 11% de milho (OGM)”, explica o cientista.

Os tumores aparecem nos machos até 600 dias antes que nos ratos indicador (na pele e nos rins). No caso das fêmeas (tumores nas glândulas mamárias) aparecem uma média de 94 dias antes naquelas alimentadas com transgênicos.

“Pela primeira vez no mundo, um OGM e um pesticida foram estudados por seu impacto na saúde a mais longo prazo do que haviam feito até agora as agências de saúde, os governos e as indústrias”, disse o coordenador do estudo.
 
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