terça-feira, 29 de novembro de 2011
Aprovado relatório que aponta insegurança no controle de agrotóxicos
A Subcomissão sobre o Uso dos Agrotóxicos e suas Consequências à Saúde - proposta relatada pelo deputado Padre João (PT-MG) - aprovou na tarde de quarta-feira ( 23), seu relatório final. No texto o deputado indica 13 graves problemas relativos à cadeia produtiva dos agrotóxicos. O primeiro deles mostra fortes indícios da influência do uso dos agrotóxicos com o surgimento de graves doenças, como câncer e alergias, nos trabalhadores expostos ao produto e aos consumidores de alimentos contaminados.
Outra constatação é que não há segurança no controle da comercialização no receituário agroeconômico. Ou seja, nem estados nem União possuem dados concretos sobre o mercado dos agrotóxicos no país.
Ainda, segundo o texto do deputado Padre João, há falhas no procedimento de recolhimento de embalagens de agrotóxicos. E há estados como Roraima e Amapá nos quais ainda não há nem o processo de recolhimento. O índice de 94% de recolhimento, apontado pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), não condiz com a realidade. O relatório aponta-o para cerca de 40 a 50%.
Apesar dos dados negativos, o relatório final comprova que a produção agroecológica pode ser efetivada com qualidade e produtividade em grande escala, além de ser efetivada com êxito e lucratividade na agricultura familiar. Comprovou-se, ainda, que há condições técnicas e científicas para que o Brasil faça uma transição para a agricultura agroecológica.
"É uma grande conquista a aprovação do relatório. É a primeira vez na história do Congresso que temos um documento oficial ponderando sobre a utilização do agrotóxico na produção de alimentos no Brasil. O que nós pudemos evidenciar foi a falta de controle na utilização das substâncias. Pudemos ver, ainda, a precariedade do campo, desde o grande índice de analfabetismo no mesmo, passando pela falta de assistência técnica e a ausência de orientação dos vendedores. Tudo isso leva a vários problemas na manipulação dos agrotóxicos, tanto para a saúde do trabalhador, quanto a utilização de determinados produtos para culturas que são proibidas, em volumes além do que é permitido. Há, ainda, a utilização de produtos já proibidos em território nacional", ressaltou Padre João.http://www.blogger.com/img/blank.gif
O parlamentar lembrou também que, embora o Brasil seja o celeiro do mundo na produção de alimentos, não é possível aceitar que os mesmos sejam contaminados. "Temos que avançar em um novo modelo de produção agrícola para nosso país, para que tudo que for produzido garanta saúde e vida para nosso povo".
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sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Participe da Campanha pela Lei da Economia Solidária!
Infelizmente, a lei brasileira traz muitas dificuldades para quem quer viver da Economia Solidária, ainda mais se comparado às empresas capitalistas, que vivem somente da exploração e do lucro. Isso acontece, principalmente, por que o Estado Brasileiro não reconhece o direito ao trabalho associado e às formas organizativas baseadas na Economia Solidária, dificultando o acesso a financiamento público, assessoria técnica e divulgação na sociedade.
Para fortalecer esta proposta de desenvolvimento justo, sustentável, diverso e solidário, foi criada a Campanha pela Lei da Economia Solidária. O objetivo da Campanha é conseguir criar a primeira lei brasileira que reconheça o direito ao trabalho associado e apoie as iniciativas da economia solidária, dando espaço para as pessoas poderem se organizar em cooperação, com justiça e preservação ambiental.
Clique Aqui e você terá acesso a informações, formulário para coletar assinaturas, a proposta do texto da lei, materiais gráficos e audiovisuais, notícias, agendas e muito mais!
Veja um video sobre a campanha:
CRIAÇÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DE JUVENTUDE EM IRATI
Assim como em várias cidades do Brasil, Irati realizou em setembro, a II Conferência Municipal de Juventude. O evento reuniu mais de cem jovens dos mais diversos segmentos da sociedade e discutiu as propostas da juventude para o município.
O destaque foi a criação de um Conselho Municipal, órgão que possa representar os interesses da juventude iratiense para o apoio e criação de uma Política Pública, fiscalização e controle social das ações relacionadas a este público.
Desde a conferência, sete entidades relacionadas à juventude em Irati criaram um grupo de trabalho, que realizou reuniões periódicas com o objetivo de discutir as diretrizes e formular um anteprojeto de lei para a criação do Conselho Municipal de Juventude.
Na manhã do último dia 18, a comissão provisória encontrou-se com o prefeito Sérgio Stoklos e apresentou o anteprojeto de lei. Na oportunidade, o prefeito foi presenteado com o lenço vermelho, símbolo das lutas populares históricas da juventude.
A proposta de lei de criação do Conselho Municipal de Juventude será discutida pelos vereadores nas próximas sessões da Câmara (1ª votação será no dia 28 de novembro).
Para maiores informações a comunidade pode entrar em contato pelo e-mail juventudeiratiense@gmail.com
Fonte: Associação CORAJEM
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
SEMINÁRIOS MUNICIPAIS DE ECOSOL - BRASIL LOCAL - PR
Desde a 1ª quinzena de setembro vem acontecendo os Seminários Municipais de Economia Solidária e Desenvolvimento Local no Paraná. Este é um Planejamento do projeto BRASIL LOCAL - SENAES (Secretaria Nacional de Economia Solidária) do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) que tem como gestora a entidade AVESOL (Associação do Voluntariado de Solidariedade) que vem sendo desenvolvido desde maio de 2010. Em Julho deste ano os/as mais de 50 Agentes da região sul do Brasil (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) se reuniram em Santa Maria/RS no Encontro Regional sul do projeto, para um momento de formação e planejamento das ações do projeto. Esta proposta surgiu depois de uma avaliação onde se percebeu que seria muito importante, antes do fim do convenio, fazer seminários nos município que o projeto acontece. Esta proposta teria como centro pautar a criação de uma lei e conselho municipal em cada município acompanhado pelos/as Agentes.
Aqui no Paraná, na maioria destes seminários, a participação foi considerada boa. Alem de vários grupos/empreendimentos de vários seguimentos, como: artesanato, reciclagem, agricultura familiar e agroecológica, padarias comunitárias, clubes de trocas, confecção e grupos de consumidores, varias entidades de apoio, movimentos populares e sociais e gestores públicos, participaram dos debates e na maioria compuseram uma comissão que irá continuar debatendo e construindo propostas para a economia solidária e o desenvolvimento local destes municípios.
Entre vários encaminhamentos que saíram nos seminários, alguns são importantes destacar: Formação técnica e sociopolítica para os empreendimentos; Espaços de comercialização; Financiamento publico para as iniciativas e empreendimentos em desenvolvimento; Formação de Redes articuladas para o processo das cadeias produtivas; Espaços de comunicação e divulgação publico; Organização e/ou fortalecimento de Fóruns municipais e regionais; entre outros. Tudo isto irá acontecer dentro de um estudo e planejamento para a criação dos conselhos (hoje comissões provisórias) e da lei municipal de economia solidária que em alguns município já estão sendo elaboradas e encaminhadas para as câmaras municipais de vereadores.
Acompanhem neste blog outras informações que serão publicadas sobre os próximos passos das comissões e do projeto BRASIL LOCAL.
Veja as fotos:
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Entrevista | Daniel Tygel, integrante do Fórum Brasileiro de Economia Solidária - FEBS
“Eu vejo a Economia Solidária como uma escola
na construção de uma outra sociedade”
Nos últimos anos a Economia Solidária tem ganhado espaço nas políticas públicas federais e em alguns estados brasileiros. Para o integrante da Secretaria Executiva do Fórum Brasileiro de Economia Solidária – FBES, Daniel Tygel, a criação da Secretaria de Economia Solidária no Ministério do Trabalho e Emprego, do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), a criação do Sistema Nacional de Comércio Justo e Solidário e outros projetos foram interessantes para o fortalecimento de empreendimentos solidários, porém “A Economia Solidária continua muito marginal, fora das estratégias mais nucleares sobre o desenvolvimento do país”.
Atualmente existem cerca de cinco mil empreendimentos de Economia Solidária cadastrados no FBES e aproximadamente 200 Fóruns espalhados em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. Segundo Tygel, um dos principais desafios do Movimento de Economia Solidária é alcançar o reconhecimento dessa prática como estratégia de desenvolvimento capaz de levar em conta dimensões de justiça ambiental, justiça social, empoderamento e fortalecimento das iniciativas populares de economia.
Daniel Tygel participa amanhã, dia 12 (sábado), da 7.ª Feira de Economia Solidária, onde tratará do tema “Política Pública para Economia Solidária no Brasil”. A Feira reúne mensalmente mais de 30 iniciativas de economia popular solidária, vindas de Curitiba e Região Metropolitana, com exposições de artesanatos, alimentos agroecológicos, lanches, confecções, livros, pães e doces caseiros e materiais de limpeza. A atividade acontece das 10h às 18h, na rua Nova Aurora, 1340, bairro Sítio Cercado, em Curitiba/PR.
Como tem sido a atuação do governo federal nessa gestão e na anterior com relação à Economia Solidária?
As políticas de economia solidária do Governo Federal dessa gestão continuam parecidas como estava no governo passado. Existem alguns programas, a Secretaria de Economia Solidária no Ministério do Trabalho e Emprego, algumas políticas interessantes como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o Programa Nacional de Resíduos Sólidos, a criação do Sistema Nacional de Comércio Justo e Solidário e o Programa Nacional de Alimentação Escolar. Mas a Economia Solidária continua muito marginal, fora das estratégias mais nucleares sobre o desenvolvimento do país. A gente pode dizer que a Economia Solidária não é uma estratégia desse governo, assim como não era no anterior. E não é vista como uma área estratégica para se pensar o desenvolvimento com distribuição de renda ao mesmo tempo. É possível apontar algumas prioridades centrais no governo atual, uma delas tem a ver com os processos de obras de infraestrura. Elas estão voltadas às grandes empresas, fortalecendo empresas como a Camargo Correia, a Odebrecht e outras que têm sido muito favorecidas por programas como o “Minha Casa, Minha Vida”, que também tem a ver com as obras de infraestrutura, com o PAC. Todos baseados em grandes empreiteiras, que não favorecem setores econômicos da Economia Solidária que poderia estar atuando. Outra zona de prioridade do governo, que é o Brasil Sem Miséria, coloca nos seus eixos a questão do trabalho e da renda, que insere a Economia Solidária, mas, infelizmente, lado a lado com a perspectiva de empreendedorismo, de micro e pequena empresa. A gente não percebe a Economia Solidária aparecendo como algo central, nem na busca de desenvolvimento, nem na área de assistência.
Comparando com governos anteriores ao PT, como é o histórico de políticas públicas para a Economia Solidária no Brasil?
Foi com o governo Lula que começou a aparecer mais as políticas de Economia Solidária no Brasil. Havia um ou outro programa no governo anterior, do Fernando Henrique Cardoso, mas era sempre muito esporádico, não era organizado. Agora com essa sequência de três governos a gente teve um impulso, comparando com a situação anterior, principalmente com a realização das Conferências de Economia Solidária, da criação da Secretaria Nacional de Economia Solidária e do Conselho Nacional de Economia Solidária. Então estes são avanços que a gente teve nas políticas públicas.
E diante desse contexto, quais são os principais desafios, as principais bandeiras do Movimento de Economia Solidária?
Os desafios são muitos. Acho que o principal desafio e inicial é a gente conseguir o reconhecimento da economia solidária como uma estratégia de desenvolvimento, que acarreta e traz em si as dimensões de justiça ambiental, de justiça social, empoderamento e fortalecimento das pessoas nas comunidades e a ampliação da democracia do âmbito econômico. Este campo do reconhecimento da economia solidária poderia se traduzir com uma frase mais ou menos assim: todo cidadão e toda cidadã tem o direito de poder se organizar sem ser patrão e sem ser empregado. Esse reconhecimento é necessário, porque com ele vem uma série de outras coisas. Se você tem o direito de se organizar de maneira associada, sem ser patrão e sem ser empregado, de maneira coletiva, para que esse direito possa realmente ser efetivo é preciso ter garantias desse direito. Isso significa acesso ao mercado, o avanço do comércio justo e solidário; acesso a crédito, todo o processo de finanças solidárias para que você consiga desenvolver sua atividade, para infraestrutura do empreendimento, para giro e assim por diante; acesso a conhecimento, tanto conhecimentos populares, como conhecimentos acadêmicos, para poder fortalecer os processos de gestão, de construção de embalagens, de relação com o mercado, formas de produção; e isenções ou benefícios tributários, além de um marco jurídico adequado, adaptado às especificidades da Economia Solidária.
Sobre a organização do Movimento de Economia Solidária e da relação entre os empreendimentos solidários, gostaria que você falasse sobre a atuação do Fórum Brasileiro de Economia Solidária.
O Fórum Brasileiro de Economia Solidária articula os atores que fazem economia solidária no Brasil, os empreendimentos de Economia Solidária, entidades de apoio, que podem ser do campo da igreja, do campo da educação popular, das universidades, dos sindicatos, e um terceiro segmento que são os gestores públicos organizados em rede. Então o Fórum se organiza por Fóruns municipais, microrregionais e estaduais. Existe hoje por volta de 200 Fóruns pelo Brasil, nos 27 estados, envolvendo em torno de cinco mil empreendimentos nos Fóruns locais, e aproximadamente 500 entidades de assessoria que estão apoiando a Economia Solidária nos estado e municípios. Além disso, a Rede de Gestores tem por volta de 200 municípios no Brasil, que têm política de Economia Solidária, e cerca de 12 governos estaduais com políticas estaduais, que estão incorporadas à Rede. O Fórum se organiza dessa maneira e cumpre dois papéis, primeiro é de representar o Movimento na incidência na construção de políticas públicas, em conselhos, junto aos vários ministérios e junto a outros movimentos sociais. A outra missão é de fortalecer o próprio Movimento de Economia Solidária na sua base, nos estados e municípios, ou seja, tentar fortalecer quanto mais possível a capilarização da organização política da Economia Solidária.
Como tem sido a relação do Movimento de Economia Solidária com os outros movimentos sociais?
A Economia Solidária é um movimento bastante recente, se a gente compara com outros movimentos sociais mais consolidados no país. Está existindo uma aproximação cada vez maior em alguns campos mais específicos, que está gerando um processo muito bonito. O Fórum foi um dos articuladores, junto a outras oito redes e movimentos nacionais, no processo dos encontros “Diálogos e Convergências”. Foi um momento muito rico que articulou os movimentos relacionados à Economia Solidária, às mulheres e feminismo, à agroecologia, à soberania e segurança alimentar e nutricional, à saúde ambiental e a justiça ambiental. Esses campos todos geraram uma forma muito interessante e diferente de gerar aproximação entre os movimentos. A ideia é tentar aproximar esses movimentos a partir de três chaves. Uma é de que a política se construa a partir das práticas, e não o contrário, pois no geral elas vêm a partir das teorias. A proposta é de que das práticas é que possam surgir os processos de emanação e articulação política. Uma segunda chave importante é o território, o espaço onde se dá a disputa, onde se dão os conflitos, onde se dá a construção de alternativas, esse espaço é o lugar onde a gente pode construir as convergências, e não no plano teórico. E a terceira chave, que é bastante nova também, é de não separar o que é crítica, denúncia e resistência, como os povos e comunidades tradicionais, que estão lutando para poderem ser do jeito que são. Então é a articulação indissociada entre a denúncia, a resistência e construção de alternativas. Com essas chaves, tanto na questão de partir das práticas, como no território, como nessa articulação entre resistência, denúncias e alternativas, eu acho que estamos em um caminho diferente de convergência entre os movimentos sociais. Somando-se a isso o processo que a gente está tendo com o governo federal, de alguma maneira cada vez tendo um processo mais forte de criminalização dos movimentos. Está havendo alguns desdobramentos interessantes, já vindo desse processo de articulação. Um deles é de que se articularam três campanhas, a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, a Campanha pela Lei da Economia Solidária e a Campanha de Reforma Política. Foi escrito um documento explicando o que as três têm em comum. Outro desdobramento interessante é o do Intermapas, que é a criação de um mapa que mostra no mesmo território o que tem de iniciativa de Economia Solidária, de Agroecologia, de injustiças ambientais e o que tem de projetos financiados pelo BNDS, para perceber o modelo de desenvolvimento que está acontecendo. Outro desdobramento que está em processo de acontecer é a criação do que a gente está chamando de “Ambientes de Diálogos e Convergências”. A proposta é criar oficinas e espaços de debate entre esses atores dos vários movimentos nos territórios.
Está havendo um diálogo em âmbito internacional sobre a Economia Solidária. Você pode falar sobre essas articulações?
Estão se fortalecendo redes internacionais de Economia Solidária. Duas delas em que o Fórum está mais envolvido e que temos um protagonismo forte é o Espaço Mercosul Solidário e a Rede Intercontinental de Promoção da Economia Social e Solidária, que tem um braço na América Latina e Caribe. O que eu acho interessante nessa questão é que no nível internacional, a gente está com um momento histórico único para discutir a Economia Solidaria. A crise de 2007 e 2008, que está vindo agora em 2011 e 2012, elas são a mesma crise, que não é só financeira, mas também ambiental. Essas crises se intensificando, e o processo da Primavera Árabe que levou a derrubada de alguns regimes antidemocráticos, o processo que aconteceu na Espanha, dos Indignados, que foi se fortalecendo com a imagem de ocupar Wall Street e outros espaços no mundo, o dia 15 de outubro quando houve esse momento dos indignados em 800 cidades, em 82 países, traz um momento único em que o olhar internacional está podendo se abrir a propostas de alternativas como a da Economia Solidária. Para citar um exemplo, nos chegamos agora de Montreal onde foi realizado o Fórum Internacional de Economia Solidária, organizado por uma entidade análoga ao Fórum no Quebec, com participação de 1300 pessoas de 65 países [...] . Eu vejo uma janela de oportunidades no âmbito internacional. Ainda é muito marginal. Essa rede tem braços e redes nacionais nos seis continentes e assim que vem se organizando. A Economia Solidária funciona de maneiras diferentes em cada país, com perspectivas diferenciadas. O momento internacional está rico.
Sobre este caráter pedagógico da Economia Solidária, que sai um pouco do debate mais rígido, e passa por outra questão que é de que juntos estamos aprendendo a gestar um outro mundo, uma outra economia. Você pode falar um pouco mais sobre isso?
O sentimento que eu tenho é que não adianta a gente, que vive dentro do capitalismo de dentro de um paradigma da competição, do individualismo, do lucro acima da vida, da destruição da natureza, é muito difícil a gente desenhar um modelo de sociedade que fuja dessa realidade que está aí. Então a gente pode até falar da cooperação, do amor, mas muitas vezes é discurso e temos dificuldade de trazer isso para a prática. Eu sinto que para que possamos construir alternativas de fato, a gente precisa estar vivendo a radicalização da democracia. E a Economia Solidária é isso, um processo feito no dia a dia. A gente costuma dizer que Economia Solidária é meter a mão da lama, porque a gente vive no meio da contradição do capitalismo, tentando fazer atividade econômica a partir da autogestão. E nessa autogestão a gente vai construindo possibilidades de ação em redes e cadeias e tentando gerar um processo de mudança cultural. Eu vejo a Economia Solidária como uma escola na construção de uma outra sociedade, mais do que efetivamente já um modelo de sociedade. Eu vejo como uma perspectiva, um espaço que permite que a vida se dê a partir da democracia, do debate, da autogestão, com todas as contradições, pois somos todos contraditórios, mas que a gente possa daí fazer uma transformação cultural. Porque o que a gente precisa é mais do que uma transformação de modelo econômico, e sim de uma mudança profunda de civilização.
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Contatos:
Gisele Carneiro, integrante do Centro de Formação Urbano Rural Irmã Araújo (Cefuria) e da Rede de Educação Cidadã (Recid)
(41) 8438-6919
Magda Mascarello, integrante do Projeto Mutirão
(41) 9245-4834
www.cefuria.org.br
Assista o video de Lançamento Livro Clubes de Trocas
Boletim do Fórum Brasileiro de Economia Solidária
Fonte: www.fbes.org.br
Economia Solidária no Brasil
» Oficina sobre Clube de Trocas acontecerá durante Fórum Social de São Paulo
Por Carlos Henrique
Informamos que durante a realização do Fórum Social de São Paulo, nos dias 29 e 30 de outubro de 2011, na Faculdade Zumbi dos Palmares, Av. Santos Dumont, 843 – Armênia, São Paulo, foi realizado uma oficina sobre clube de trocas no dia 29.10.2011.
Leia a íntegra em: www.fbes.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=6517&Itemid=1
» ENFF recebe curso latino-americano e formação política do movimento de economia solidária
Por Alan Tygel
A Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF) recebeu entre os dias 17 e 21 o segundo módulo da Oficina Nacional de Formação Política e Economia Solidária. Ao mesmo tempo, está ocorrendo até o mês de novembro a quinta edição do curso de teoria política Latino-Americano. Juntos na escola, estiveram os 120 militantes vindos de 20 países e mais 50 militantes da Economia Solidária vindos de todos os estados do Brasil.
Leia a íntegra em: www.fbes.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=6526&Itemid=1
» Brechó Eco Solidário acontece, sábado (29), em Salvador
Por Rafael Pereira (Ascom/Setre/BA)
No último dia 29 aconteceu, das 9h às 17h, no Parque da Cidade, em Salvador, mais uma edição de 2011 do Brechó Eco Solidário, evento de incentivo ao consumo consciente promovido pela UNIFACS em parceria com Rede de Profissionais Solidários pela Cidadania, o Governo do Estado, através da Setre, e diversas empresas e instituições.
Leia a íntegra em: www.fbes.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=6527&Itemid=1
» Inscrições abertas para o VII Encontro Internacional de Economia Solidária do NESOL-USP
Fonte: www.cirandas.net/nesol-usp
Encontram-se abertas as inscrições para o VII Encontro Internacional de Economia Solidária do NESOL-USP. evento ocorrerá nos dias 24, 25 e 26 de novembro de 2011 com espaço para a exposição e debate de trabalhos em Economia Solidária, nos dias 25 e 26. O evento terá como tema "Finanças Solidárias e Desenvolvimento Territorial".
Leia a íntegra em: www.fbes.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=6530&Itemid=1
» Transmissão pela net do Festival de Tecnologias Sociais e Economia Solidária
Por Alan Tygel
Ocorreu no final do mês de outubro o Festival de Tecnologias Sociais e Economia Solidária que acontece na cidade do Rio de Janeiro e reúne pessoas de todo o Brasil. O Festival tem o objetivo de promover o intercâmbio entre a universidade, os movimentos sociais e os empreendimentos de Economia Social e Solidária. O Festival é estruturado em quatro núcleos: Trocas de Conhecimento; Trocas Culturais; Feira de Economia Solidária e Mostra de Tecnologias Sociais.
Leia a íntegra em: www.fbes.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=6531&Itemid=1
» Fórum Regional de Economia Solidária da Zona da Mata de MG organiza reunião
Fonte: Fórum Mineiro de Economia Solidária
No último dia 05 de novembro, aconteceu mais uma reunião do Fórum Regional de Economia Solidária da Zona da Mata de Minas Gerais.
Leia a íntegra em: www.fbes.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=6546&Itemid=1
» Distrito Federal se prepara para criar Banco Comunitário
Fonte: www.adital.com.br
Localizado na Região Administrativa do Distrito Federal, o bairro de Vila Nova, em São Sebastião, será sede de mais um banco comunitário no país. Ainda em fase de implantação, o empreendimento solidário já tem um nome previsto sugerido pela comunidade: Liberdade; e uma moeda própria, a Pardal.A moeda será confeccionada pela Casa da Moeda e terá dispositivos contra falsificação como marca d’água, código de barra e número de série.
Leia a íntegra em: www.fbes.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=6549&Itemid=1
» Evento "Grandes Encontros da Economia Solidária no RS"
Por Nelsa Nespolo
Teve início no dia 08, na cidade de Porto Alegre, o evento Grandes Encontros da Economia Solidária no Rio Grande do Sul. Ao todo, foram três dias de discussões de importantes temas que envolvem a economia solidária.
Leia a íntegra em: www.fbes.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=6551&Itemid=1
» Economia Solidária vai oferecer produtos na Copa do Mundo 2014
Fonte: www.sesampe.rs.gov.br
A elaboração de um "kit" de produtos da economia solidária para ser disponibilizado durante a Copa do Mundo, em 2014, em Porto Alegre, é um dos projetos que está em desenvolvimento na Secretaria da Economia Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa - Sesampe.
Leia a íntegra em: www.fbes.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=6552&Itemid=1
» Encontro Estadual de Empreendimentos Econômicos Solidários acontecerá no RS
Fonte: www.sesampe.rs.gov.br
Avaliar o andamento das ações e aprofundar as estratégias de organização que fortaleçam os empreendimentos da economia solidária é a proposta do Encontro Estadual de Empreendimentos Econômicos Solidários. A atividade aconteceu no último dia 08 novembro, na Igreja da Pompeia, em Porto Alegre.
Leia a íntegra em: www.fbes.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=6553&Itemid=1
» 1ª Pré-Conferência Municipal de Cultura e Economia Solidária de São Carlos
Por Rita Fajardo
No último dia 09 de outubro foi realizada a 1ª Pré-Conferência Municipal de Cultura e Economia Solidária de São Carlos no Centro Público de Economia Solidária “Herbert de Souza”.
Leia a íntegra em: www.fbes.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=6562&Itemid=1
» I Seminário de Articulação e Mobilização da Economia Solidária no Sudeste do Tocantins
Fonte: Luciana P. de Souza
Estimad@s lideranças, educador@s populares, envolvid@s com a Economia Solidária na Região Sudeste do Tocantins, mais uma vez a Rede de Educação Cidadã - RECID, o Centro de Direitos Humanos de Taguatinga - CDHT vêm por meio deste, convidá-los para o I Seminário de Articulação e Mobilização da Economia Solidária no Sudeste do Tocantins.
Leia a íntegra em: www.fbes.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=6568&Itemid=1
Notícias internacionais da Economia Solidária
» "La economía social y solidaria construye e impregna todas las políticas de estado de Ecuador"
Por Ximena Ponce León, Ministra de Inclusión Económica y Social Gobierno de Ecuador*
Un agradecimiento a todos quien han tenido la iniciativa de organizar este evento y a quienes lo han hecho efectivo. Sin duda, la reflexión colectiva aportará en la construcción de un nuevo modelo de países y de sociedades, en este caso centrándonos en uno de sus elementos, como es el sistema económico y dentro de el, la ESS.
Leia a íntegra em: www.fbes.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=6514&Itemid=1
» Foro Internacional "Cultura y Economía Solidaria: Patrimonio de los pueblos"
Por Matilde Figueredo (proyectoCESI@estacion-a.org.py)
En el marco del Proyecto Circuitos Económico Solidarios Interculturales (CESI), que se desarrolla en Paraguay, Chile y Ecuador, con el cofinanciamiento de la Unión Europea, las organizaciones Estación A de Paraguay, CetSur de Chile y SERPAJ de Ecuador, organizan el FORO INTERNACIONAL: “Cultura y Economía Solidaria, Patrimonio de los Pueblos”. Este evento será realizado los días 9,10, 11, 12 y 13 de noviembre de 2011, en el Hotel Los Alpes de la ciudad de San Bernardino.
Leia a íntegra em: www.fbes.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=6556&Itemid=1
» IV Encuentro Latinoamericano de Gobiernos Locales
Fonte: www.tinkugobindigenas.org/?p=131
Con la presencia del Primer Mandatario del Estado Plurinacional de Bolivia, el Canciller David Choquehuanca y más de 60 invitados extranjeros de todo el continente y casi una centena de alcaldes nacionales, el IV Encuentro Latinoamericano de Gobiernos Locales para Vivir Bien en Territorios indígenas, campesinos y comunidades interculturales (Thinku 2011), se inaugurará este lunes 14 en el Hall de Honor de la Vicepresidencia del Estado Plurinacional de Bolivia.
Leia a íntegra em: www.fbes.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=6567&Itemid=1
Notícias Gerais
» Belo Monte: Após boicotar audiência, Brasil é cobrado na CIDH/OEA
Fonte: www.global.org.br
Foi realizada no dia 27 de outubro, na sede da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington, a audiência sobre as medidas cautelares que determinam a suspensão da obra de Belo Monte.
Leia a íntegra em: www.fbes.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=6536&Itemid=1
» Mutirão de coleta de assinaturas contra o Projeto que propõe mudanças ao Código Florestal
Fonte: Secretaria Operativa Via Campesina Brasil
Conforme discutimos entre todos os movimentos sociais do campo, na Via Campesina,e no comite nacional de florestas, segue em anexo a Circular para preparar o Mutirão de coleta de assinaturas contra o Projeto de Lei de Aldo Rebelo que propõe mudanças ao Código Florestal.
Leia a íntegra em: www.fbes.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=6525&Itemid=1